Pastor Elcio Lourenço

Mensagens do Eterno para o seu coração

Textos

Por que sou constantemente desafiado?
Um conhecido texto bíblico mostra que existem duas posições básicas a serem assumidas pelas pessoas neste mundo passageiro, que irão determinar os resultados finais de suas vidas na eternidade.

Vamos voltar alguns milhares de anos e nos colocar em uma casa onde um rapaz tinha resolvido preparar um jantar um tanto frugal, mas certamente dotado de sabor, quando chega à cena o seu irmão “gêmeo” e com ele trava um curioso diálogo:

“E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado”:
“E disse Esaú a Jacó: deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou o seu nome Edom”.
“E disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura”.
“E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura?”.
“Então disse Jacó: jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó”.
“E Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e este comeu, e bebeu, e levantou-se, e foi-se. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura”. (Gn 25:29-34).

Há diversos pontos a observar nesse evento:

1. Esaú estava com fome e cansado, mas não existe referência à situação de Jacó. Se ele preparou a comida certamente estava com fome e, por que não, cansado? Digno é o trabalhador do seu salário e não se pode tolher sequer o boi de comer do trigo que trilha (Mt 10:10;I Tm 5:18 ).
2. A proposta feita a Jacó por seu irmão era de total comodismo, pois ele simplesmente queria desfrutar da comida pronta. Isso não é raro, uma vez que são muitos os desejam obter até a vida eterna sem trabalho, o que, no entanto, não está previsto (Mt 11:12).
3. Foi feita uma super estimativa por Esaú sobre a sua condição ao dizer: “Eis que estou a ponto de morrer”, mesmo porque fica claro que pelo menos havia pão disponível e ele não morreria. Geralmente nós damos ênfase aos problemas e pouco valor às vitórias já alcançadas, ou às promessas de Deus (Isa 51:12-13).
4. O desprezo pela benção da primogenitura mostrou insensatez, pois, mais tarde, ele clamou por ela, contudo de forma inútil, sendo chamado “profano” no Novo Testamento (Gn 27: 30-41; Hb 12:16).
5. Jacó, ao abrir mão de sua comida, estava adotando uma postura de fé, e assumindo um risco, pois nem sabia como teria acesso à benção de seu pai. Sua fé foi, contudo, recompensada (Gn 27:1-29; Gn 32: 22-32) e sua atitude aceita por Deus.

Por outro lado, como estamos tratando de pessoas nascidas sob condições idênticas e tendo diante de si alternativas e oportunidades semelhantes, entendemos que a diferença entre os dois, naquele momento, foi a sua postura  em face de um desafio.

Isso é significativo, pois se nos transportarmos para os dias atuais, veremos que é chegado o tempo do cumprimento da profecia de Daniel, que nos afirma:
“E tu Daniel, fecha estas palavras e sela o livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”. (Dn 12:4)

Diante de nossos olhos existem todos tipos de desafios e não é difícil simplesmente “deixar o barco correr” e se conformar com as coisas que temos, mesmo que sejam mesquinhas, como nos alerta o profeta Isaías:

“Na tua comprida viagem te cansaste, mas não dizes: Não há esperança; o que buscavas achaste, por isso não adoeces”. (Isa 57:10)

Tal consideração mostra que aquele que busca pouco espera pouco, crê pouco, também estará limitado em suas conquistas materiais, como o rei que flechou a terra um pouco e, depois, parou (II Rs 13:14-19).

O que realmente importa, todavia, é fixar metas eternas que exigem de nós vencer desafios espirituais, já que nossa luta real não é contra carne e sangue, mas contra potestades celestes (Ef 6:12).

O campo dos nossos desafios espirituais está delimitado por quatro elementos principais: O mundo (I Jo 5:4);O pecado (Rm 6:14) O diabo (Tg 4:7);O eu (Mt 16:24).

Muitas pessoas pensam não estarem enquadradas na advertência de Paulo sobre os fracos doentes e que os dormem (I Cor 11:30), e que estão em ótima condição, atendendo às metas eternas de crescer (Pv 4:18), de ter o suficiente para sua vida (Pv 30:8) e estar isento de “aborrecimentos”, uma vez que andar com  Deus não acrescenta dores (Pv 10:22). É preciso, entretanto, cuidado com a “letargia espiritual” que afirma:  “Afinal, estou na benção, o que quero mais?”

Duas perguntas poderiam ser feitas nessa matéria:

a) Qual é a vontade de Deus?
Resposta: Que todos O conheçam e sejam salvos! (I Tm 2:4)

b) Qual é a vontade de Deus para a sua vida?
Resposta: Que você vença os desafios de tal modo que a multidão de testemunhas que o cercam vejam sua vitória e creiam no seu Deus, como aconteceu com Elias. (testemunhas: Hb 12:1; vejam as boas obras: Mt 5:16; Elias e Baal: I Reis 18: 22-46).

Na verdade, não existem situações “mornas” (Ap 3: 14-22) diante de Deus, ou se vence o desafio, e isso nos abençoa e faz crescer em Deus , ou deixamos os desafios de lado e nos arriscamos a entrar no perigoso caminho da “soberba da vida” (I Jo 2:16), pois o “nosso descanso não é aqui” (Miq 2:10).

Temos que entender que desafios espirituais se vencem com poder espiritual, que é de Deus, pois o humano é muito pequeno (Pv 24:10; Sal 127:1).

Deus deseja que enfrentemos e vençamos desafios e assim age para o nosso bem, como podemos constatar pelo exemplo de Paulo:

PAULO: pediu para que o desafio fosse retirado.
DEUS: não concordou, pois a fraqueza mostra sua força.
PAULO: foi mais do que vitorioso.
PAULO: afirmou saber em quem cria.(I Cor 12: 7-10; Rm 9:31-39;II Tm 1:12

   Caminho do servo de Deus  (Sl 37:24; Sl 91:7:Pv 4:18 )Caminho do homem  comum  (Pv 11:5;Sl 141:10).

CARATERIZANDO O DESAFIO

1. Desafio é diferente de derrota: O desafio leva a lutas, mas não há quem vença o que está nas mãos do Senhor. (II Cor 4: 7-16; Rm 8:31).

2. Desafio é diferente de aflição: Israel estava aflito no Egito, mas Deus os livrou e mesmo espantados cruzaram o desafio do Mar Vermelho. (Ex 1:2-14; Ex 2:25; Ex 14:15)

3. Desafio tem forma bem definida: Um exército é um risco, enquanto que um gigante é motivo de terror. (I Sm 17:1 e 17:11).

4. Desafio se vê de longe e parece maior que o real: Davi diante de Golias. O povo de Israel diante do Mar. A tempestade no barco. Anunciadas e aterradoras. (I Sm 17: 4 -7 e 23-24; Mc 4: 35-41).

5. Desafio tem dimensão: Golias era grande, mas seu tamanho era conhecido e sua espada foi usada contra ele mesmo.( I Sm 17: 2-11 e 24-58).

6. Desafio afasta o convencional: O rei tentou a armadura, mas só a funda foi usada, os homens de Gideão beberam com as mãos. O silêncio foi a arma contra Jericó (I Sm 17:38-40; Josué 6:1-27; Juízes 7: 1-25).

7. O Desafio separa corajosos dos covardes: Deus não “empurra” ninguém para a luta. Ele chama os corajosos e os tímidos ficam de fora. (Juízes 7:1-3; Ap 21:8; II Sm 23: 8-23).

8. Desafio não foi feito para ser contornado, mas sim para ser vencido com luta: Israel não levantou vôo do Egito e aterrissou em Canaã, mas teve que vencer todos os obstáculos. Jacó somente mudou seu nome depois que lutou com Deus. Jonas fugiu e se deu mal.( Ex 14:15; Gn 32:22-32: Jonas 1-4).

9. Desafio não é eventual, mas sistemático: Jesus pediu que fôssemos livres do mal e não do planeta. As aflições devem existir e são vencidas em Cristo. (Jo 16:33; Jo 17:15).

10. Desafio é pessoal e nos ensina: A Palavra mostra que cada um tem que responder por si mesmo e se examinar, pois o maior desafio vem do interior.( Rm 14:13; I Cor 11:28;Mt 15:11-19).

11. Desafio marca, incomoda, não danifica: Abraão se dispor a oferecer Isaque, mas não o fez. Jacó saiu mancando, mas vivo.( Gn 22:8; Gn 32:31-32.)

12. Desafio exige fé e capacidade de espera: Falar é fácil , difícil é fazer. Só um ato de fé vence desafio. Veja Pedro. É preciso entender o “silêncio” divino (Mt 26:33(morrerei);Mt 26: 69-75 (nega);At 2:14-47 (prega))

13. Desafio sempre está no controle de Deus: Nunca estamos sós ou desamparados na luta. ( I Cor 10:13;II Cor 4:17.)



TENHA ÂNIMO. DEUS O AMA MUITO.

Dúvidas ou aconselhamento escreva: pastorelcio2007@yahoo.com.br





Pastor Elcio
Enviado por Pastor Elcio em 27/12/2006


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