Existe uma afirmação chave, que parte do próprio Deus, que nos leva a pensar serem os relacionamentos algo indispensável à vida humana, pois o Senhor, ainda no Éden, declarou: "Não é bom que o homem esteja só." (Gênesis 2:18).

Tudo indica, porém, que à medida que nos tornamos seres urbanos, vivendo cada vez mais em ambientes fisicamente limitados, encontrando pessoas a pé ou motorizadas o TEMPO TODO, viver harmonicamente em sociedade se torna tão difícil que alguns anseiam por estar, pelo menos durante algum tempo, numa ilha deserta.

Estaríamos diante de um CHOQUE, onde aquilo que é essencial se torna, ao mesmo tempo, inviável?

Partindo do princípio que o primeiro conceito é divino, sem dúvida alguma, este mesmo conceito jamais poderia ser de natureza impraticável, pois o Criador é coerente em todos os seus caminhos.

A saída que se nos apresenta é fornecida pela própria Palavra de Deus, mediante a observação de Jesus sobre os grande mandamentos, onde o primeiro determina que amemos a Deus sobre todas as coisas e o segundo que expressemos tal sentimento para com o próximo na mesma proporção em que apreciamos a nós mesmos. (Mateus 22:39)

Em primeiro lugar, a dificuldade principal em amarmos o próximo pode estar na dificuldade que temos em nos dar valor, acreditar em nosso potencial, deixar os fracassos no passado e PERDOAR nossas próprias falhas.

Um segundo elemento importante é entendermos que, ao amar o próximo como a nós mesmos, não estamos procurando a “perfeição da perfeição” no outro e, assim, podemos aceitar suas LIMITAÇÕES e DEFEITOS como algo normal à condição humana. Lembre-se de que perdoar é preciso.

O terceiro ponto seria a consciência de que, ao darmos valor a nós e aos outros, estaremos encontrando um grande motivo de alegria, gerando em nosso interior algo inestimável que é a paz. Ora, tal paz gerará uma disposição singular e genuína,  que irá contagiar também futuros relacionamentos, atingindo aqueles que cruzarem nosso caminho, a cada dia.

“Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3)

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Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968.