FALEI DEMAIS (dá pra dar um desconto?)
Quantas vezes a gente diz uma coisa e, depois de avaliar bem, chega à conclusão de que teria sido mais prudente emudecer. Como participante, anos a fio, de Conselhos Federais e do Distrito Federal, já presencie debates de alto nível intelectual. Mas também participei de mesas onde o interlocutor, após “ganhar” a discussão com as primeiras colocações, colocar tudo a perder por avançar demais no tema e acabar se contradizendo. De fato, tais situações não se restringem ao campo das ponderações acadêmicas ou administrativas ou negociais, pois, nestes casos, haveria somente a permuta de elementos, ou a necessidade de se voltar aos livros para aperfeiçoar nossa tese. Os GRANDES DESASTRES ocorrem nas relações afetivas, quando marido e mulher, filhos e pais, irmãos e irmãs, se desentendem e quebram a harmonia de uma convivência que deveria ser entendida como boa. Quantos são aqueles que jamais conseguiram perdoar seus pais, por um motivo ou por outro? Quantos guardam marcas de constrangimento, palavras duras e atitudes grosseiras de uma pessoa muito próxima? O local de trabalho ou a convivência com amigos oferece - da mesma forma - um solo fértil para lançar estas sementes que trazem dor e espinhos, meramente pela FALTA de CONTROLE no que se diz. Não foi sem razão que o apóstolo Tiago, dois mil anos atrás, colocou uma máxima fundamental: Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse homem é perfeito, e capaz de refrear todo o corpo. (Tg 3:2). Estou convencido que todos nós, independente do grau de cultura, da posição ocupada, da experiência pelos anos vividos, temos a condição de aperfeiçoar nosso viver, pelo cuidado que tivermos ao falar com os outros. Uma palavra bem colocada alegra a quem a ouve, vence uma questão intrincada, nos coloca como valiosos e sábios diante de todos, mostra que dominamos nossas atitudes. Ela vale o trabalho que pudermos ter para prepará-la, pensando, polindo, ajustando: Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. (Pv 25:11). Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968. www.pastorelcio.com Pastor Elcio
Enviado por Pastor Elcio em 23/07/2009
Alterado em 26/07/2009 |