Pastor Elcio Lourenço

Mensagens do Eterno para o seu coração

Textos

Depressão, medo, stress, ansiedade
Ansiedade, estresse, medo, depressão, pânico.
("Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia." Salmos 91:5)  


Introdução

Nossa primeira consideração deve se voltar para o que estaria acontecendo, uma vez que não resta dúvida que não resta dúvida que algo diferente se encontra em curso.

É evidente que vivemos um momento diferente de tudo o que já passou diante dos olhos da humanidade, ao longo de milênios.

Seguramente o homem temeu as feras que dividiram com ele o planeta nas eras primeiras, não deveria ser pequeno o receio que caia sobre populações inteiras quando ameaçadas do ataque de guerreiros famosos por sua crueldade, como é o caso de Gengis Kan, mas o estado de tensão e insegurança dos dias de hoje não tem paralelo.

Não é necessário ir muito longe, nem que nos dediquemos a profundas análises para identificar o fundamento do que se encontra presente em nosso planeta, o que, inclusive justifica as previsões bíblicas para dias maus e trabalhosos (Efésios 5:16; II Tim 3:1 ).

Basta observar que:

•  A população da Terra deixou de viver espalhada pelos diferentes lugares e se aglomerou nas cidades, tanto pelo aumento dos que a formam, bilhões de pessoas, como pela mecanização da agricultura que deixando de ser “mão de obra intensiva” expulsou os trabalhadores do campo para a cidade, onde sua privacidade desapareceu.

•  As comunicações bastante avançadas permitem a todos tomar conhecimento das noticias do ocorrido em qualquer local do globo, de forma instantânea, e a ênfase é sempre para as noticias ruins, que somente podem causar susto.

•  O ambiente de competição absoluta por bens escassos que mantém as pessoas em uma “vigília permanente” voltada para obter ou garantir conquistas que se espalham por necessidades de:

Saúde, alimentação; moradia, emprego; dinheiro; sucesso;

Realização profissional e acadêmica; reconhecimento;

Afeto; casamento; paz familiar e conjugal; filhos;

Repouso; lazer; alegria;

Aceitação da morte; certeza sobre a eternidade.

Isso gera uma batalha que não está situada nos horizontes distantes, mas que se desenrola, pelos nossos ambientes mais prezados, da escola, da casa, do trabalho dos clubes de lazer e até mesmo das organizações religiosas.

O resultado do conflito não representa, para nem um dos contendores, a certeza de paz e o alívio do medo. Aquele que perde, além das frustrações da derrota, fica o temor de que novos reveses o irão atingir a qualquer momento, enquanto que o vencedor passa a se preocupar, cada vez mais com a possibilidade de se ver o privado do que conquistou, o que, certamente, seria muito doloroso, “depois de tudo o que já fez para chegar lá”.

Do que estamos falando?

Seria interessando analisar qual o sentido técnico de alguns dos termos apresentados em nosso título.

A ansiedade : considerada do ponto de vista psíquico como uma atitude fisiológica normal que adapta o organismo humano para situações de perigo.

O estresse : pode ser entendido como a atitude biológica necessária à adaptação do organismo á uma nova situação.

A principio somos forçados a aceitar o fato que tanto a ansiedade como o estresse existe com uma finalidade útil, o que é lógico uma vez que “Deus criou tudo perfeito e tudo foi feito por Ele” ( Ef 3:9; Col 1; 16 ), mas o emprego de tais mecanismos por nosso corpo em busca da eficiência vai até certo ponto.

A partir desse instante a ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, nos levará exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa, sendo que os estímulos do estresse, se continuados, irão esgotar nossa reservas físicas e mentais.

O medo : ele existe como um elemento de alerta para que evitemos pessoas, seres, coisas ou situações que possam nos causar algum tipo de dano.

O pânico : o pânico nada mais é do que uma crise muito forte e intensa de ansiedade.

As pessoas acometidas da “ Síndrome do Pânico” são tomadas de um mal-estar terrível, isso sem qualquer aviso prévio ou estímulos externos, levando-as a uma clara sensação de morte.

A depressão : O sentido básico do termo é aquele do abaixamento de uma superfície, da existência de uma cavidade.

Quando aplicada à condição humana passa a significar um estado de abatimento máximo, espiritual e psicológico, quando a pessoa, derrotada provavelmente por seus medos e conflitos deixa de ter expectativas e motivação, mergulhando em uma tristeza absoluta. Tal condição anula a capacidade de criar e realizar e pode levar, inclusive, a morte.

A partir do que registramos torna-se possível apresentar uma primeira conclusão, leiga e simples, mas pratica, podendo dizer que os elementos em análise estão ligados entre si em uma cadeia de fatos e efeitos que as levam o ser humano a uma espiral descendente de qualidade de vida tão intensa que não somente contraria os preconizado por Jesus, que veio para que tenhamos vida...(João 10:10) , mas, literalmente ameaçam nossa existência terrena e, porque não dizer, a eterna.

Infelizmente o impacto desse problema não está restrito àqueles que tem uma vida mundana, que não buscam as coisas espirituais e não conhecem a salvação. Nossas igrejas estão igualmente sujeitas ao poder destrutivo do medo e, embora já tivesse pensado o contrário, admito, agora, que existe a figura do “cristão com depressão”.

O por que disso?

Nossa resposta tem um formato básico que pode ser exemplificado pela afirmação de Jó;

“Então respondeu Jó ao Senhor, e disse:

Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido.

Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosissimas, e que não compreendia.

Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me.

Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.”.

Jó 42: 1-5

Tal estrutura pode, por outro lado, debulhar-se em alguns pontos principais cuja avaliação merece ser feita.

  

METAS EQUIVOCADAS

O erro original do homem foi derivado de uma busca equivocada de prioridades. Tudo estava bem até o momento em que, ouvindo a voz do diabo, Eva e logo após Adão, resolveram ser tão sábios como Deus, com isso perderam a paz, a alegria, o conforto, o direito a vida eterna.

Observe que a árvore da vida se encontrava no jardim do Éden na mesma condição que aquela da ciência do bem e do mal, não é uma questão de acesso, mas de escolha.

Somente depois de seu engano o homem expressou, pela primeira vez, o conceito de medo (Gen 3:10) .

Jesus veio para permitir que o homem fosse reintegrado as bênçãos eternas e que não mais tivesse medo, e para isso Ele nos aconselha a “buscar primeiro o reino” como forma de ter todo o resto ( Mt 6:33) .

  

O SUBIR NO “PATAMAR ”

De modo geral as pessoas não se sentem ameaçadas de estarem deitadas em seus leitos, isso porque estão próximas do solo e não existe possibilidade de que sofram uma queda.

Por outro lado, já tive amigos com medo terrível das alturas, e que por nada deste mundo subiriam em um avião.

Isso mostra que as alturas podem ser atrativas, mas tem em sua característica de ser o potencial do medo.

Se você está imaginando que não sofre desse medo, como seria o meu caso que como engenheiro já andei por vigas de altos prédios com tranqüilidade, anote que estamos falando de um outro aspecto da altura.

Deus eleva os humildes e os mansos herdarão a terra, mas aqueles que procuram ficar acima dos outros, usando para isso os métodos que estiverem disponíveis, está sujeito ao medo de cair, e principalmente sob a poderosa mão de Deus.

Humilhai-vos perante o Senhor (Tiago 4:10; I Pe 5:6).

Conceito do medo (Dt 18:22)

Soberba que destrói (I Jo 2:16 )

Exemplo de medo (Dn 4:37)

Deus deu e Ele tirou (Jó 1:21)


A SELEÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS (gato escaldado)

Quando pessoas com problemas psicológicos se apresentam aos especialistas esses buscam descobrir fatos ligados a sua primeira idade, aqueles que marcaram sua infância e adolescência.

Sem entrar no mérito profissional ou nos conceitos de Freud temos que nos curvar a instrução bíblica que adverte sobre a orientação a ser dada às crianças com vistas a sua vida adulta ( ensina o menino ... (Pv 22:6).

Não é menos verdade que as más experiências são aquelas capazes de marcar mais profundamente a nossa mente, predispondo nosso pensamento para se lançar ao estado de alerta assim que algo semelhante aos dissabores passados surge no horizonte. Isso tem um só nome; medo.

A única forma de superar tais dissabores é anular o problema na origem, o que pode ser difícil em relação aos primeiros anos de nossa vida, masque está ao nosso alcance na vida consciente.

Isso leva ao enfraquecimento dos potenciais existentes em aspectos futuros que poderiam sustentar o medo. Como tudo tem origem na mente é preciso “recicla-la” dentro dos moldes divinos.

O que sai do homem(Mc 7; 20 ).

Da mente procedem as saídas da vida(Pv 4; 23).

Em tudo daí graças( I Tess 5:18)

Buscar coisas do alto( Col 3:2)

  

A PRESSA QUE NÃO ENTENDE O TEMPO DE DEUS = ANSIEDADE

Em muitas ocasiões tenho deixado claro em minhas ministrações que “Deus não trabalha com a ansiedade” uma vez que se assim fizesse estaria incentivando uma infelicidade constante no homem que passaria a associar sua condição de “sofredor” como a de qualificado para receber alguma bênção.

Deus está sempre presente para nos atender, embora não possamos vê-lo e muitos sequer ouçam a sua voz, principalmente nos momentos de angústia e luta, mas isso não altera seu interesse em nos oferecer o melhor pela fé.

Um problema básico que se coloca entre o pedir e o receber é o “tempo de Deus” que não está calibrado com nossos relógios e nem sempre funciona a nossa maneira.

Pedi e dar-se-vos-a(Mat 7:7)

Tempo de Deus (II Pe 3:8)

Está com o contrito e abatido (Isa 57:15)

Quer nosso bem (Jer 29:11)

O modo de nos acertarmos com o “tempo de Deus” é aprender a “esperar”, pois a seu tempo nos recompensará.

A seu tempo (I Pe 5:6)

“Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”.

Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos:

E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus...”

Salmos 40: 1

Estabelecido o entendimento do tempo divino podemos descansar mesmo antes de receber a bênção, e é importante lembrar que certos caminhos que nós escolhemos são alterados por Deus, exatamente para o nosso bem, pois não sabemos sequer pedir de forma apropriada( Rm 8:26 ).

Sem pressa, sem preocupação, sem ansiedade, sem estresse, sem medo ou pânico.

Lançando sobre Ele(I Pe 5:7)

Não andeis ansiosos(Lc 12: 22-34)

Há caminhos (Pv 14:12 )

  

A ECONOMIA DE FÉ

É comum ouvirmos das pessoas a afirmação: “tenho muita fé”, mas diante de situações difíceis recuam e se mantém amedrontadas, pois na realidade não tem consciência do que seja fé.

A fé não é uma “torcida” para que as coisas venham a dar certo, nem se manifesta na presença de fatos consumados, que dela prescindem. Ela tem a categoria especial que permite que toquemos algo impalpável, estruturando-se dentro de nós.

Há somente duas formas pelas quais a fé pode ser gerada; pela Palavra de Deus e pelo exercício da própria fé, no dia a dia, em nossas vidas.

Esse exercício consiste em “lançar uma sonda espiritual”, bem a nossa frente, como se faz com um farol de carro que projeta a luz mais à frente permitindo que distingamos o que está ainda distante, em um trecho da estrada escura que não foi percorrido.

É importante exercer fé exatamente quando temos as maiores razões para praticar a incredulidade. Quanto maior o desafio, e , portanto a razão de desânimo, maior a necessidade de exercer confiança no invisível.

Deus proverá (Gênesis 22: 1-(8)-24).

Ver para crer ( Jo 20: 19-31)

Fundamento da fé ( Hebreus 11; 1)


A avaliação equivocada do medo (medo do medo)

Por estranho que possa parecer o medo é um elemento que possui vida própria e que pode emergir praticamente sem qualquer razão aparente.

A ausência de fé, além de seus prejuízos próprios, gera medo, da mesma forma que ele pode ser incentivado pela falta de objetivos, por falsas informações, pelo distanciamento de Deus.

Na verdade somente existem duas atitudes, enfrentar os desafios por maiores que sejam, deixando de lado a influência do medo, ou virar as coatás e correr, com o inimigo e o medo seguindo em seu encalço.

Pessoas existem que sofreram um ataque e morreram simplesmente tomadas pelo pavor, fosse ele fundamentado ou somente ilusório.

A Bíblia nos fala de temores que foram infundidos espiritualmente em pessoas que sucumbiram ao sentimento.

Gideão e os midianitas; temor a partir de um sonho, derrota pelo quebrar de um jarro. (Juízes 7:)

Josué e Jerico: uma muralha derrubada pelo simples temor. (Josué 6 )

O medo dos discípulos de alguém que era o seu melhor amigo e Mestre: Jesus anda sobre o mar (Mt 14: 26 ).

Golias poderia ter sido vencido, mas o medo impediu os soldados de Israel de enfrenta-lo: Davi venceu ao gigante simplesmente porque não teve medo de enfrenta-lo, malgrado suas ameaças (I Samuel 17 ).



Conclusão

O medo é um fato indiscutível na vida das pessoas, e é possível que aqueles que mais propaganda fazem de sua coragem nada mais estejam buscando do que esconder os medos que guardam em seu ser.

Certamente existem valentes, e aqueles que professam o nome de Jesus são marcados por uma ousadia especial, uma vez que não é fácil trilhar um caminho estreito que se desenvolve em paralelo com o caminho largo.

Se mesmo o corajoso tem momentos de fragilidade é importante que busquemos vencer os temores, pois eles em nada ajudam nossa relação com Deus.

Estar isento de temores é base para a vida abundante oferecida por Jesus (João 10:10 ) e certamente você quer desfrutar dela.



Pastor Elcio
Enviado por Pastor Elcio em 28/03/2007
Alterado em 29/03/2007


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